Em pé... de igualdade
Existe uma certa promiscuidade saudável na candidatura cidadã LIVRE / TEMPO DE AVANÇAR. As pessoas mais mediáticas, que dão a cara pelo movimento, sentam-se à mesma mesa com os anónimos que abraçaram esta ideia. Todos têm voz e respeitam-se mutuamente. Não entram em linha de conta rankings de posição social, etários, de origem ou percurso político. Simplesmente se esgrimam ideias e se lançam pontes para entendimentos. Tenta-se chegar a um programa político representativo do que o Movimento defende e dos anseios da população.
Neste aspecto, todas e todos estão em pé de igualdade. A participação da cidadania é promovida e desejada. Só assim poder-se-á chegar àqueles que têm vivido sobre o constante terrorismo governativo dos últimos anos. Aqueles que até ouviram falar de um guião de reforma do Estado, mas não faziam ideia de que eram os personagens principais nesta tragédia, até porque nem compareceram ao casting... A sociedade está sitiada, pelos juros da dívida, pela precariedade, pela pobreza, pelo desmembramento do estado social. Não podemos continuar a sentir esta impotência perante o retrocesso civilizacional que temos assistido. A serenidade do povo não pode ser chamada à baila quando está em causa a sua própria sobrevivência. Mais que o direito de resistir temos o dever de cidadania de proteger o que 40 anos de democracia têm vindo a construir.