Marcar Passos | Portas Trancadas
Há mais de 3 anos que marcamos Passos e que encontramos as Portas de saída da Austeridade permanentemente trancadas. Foi-nos dito que só a Austeridade é verdadeira; que só a Austeridade liberta. Só pelo caminho da Austeridade poderíamos recuperar a nossa soberania económica. Como uma espécie de seita, esta foi apresentada como a panaceia para todos os males económicos de que o país padecia (e padece). Com efeito ela já tinha encontrado o terreno desbravado e propício à sua instauração, com PEC atrás de PEC, até ao PECado final…
E assim vamos vivendo uma existência incerta, alicerçada numa precariedade globalizante que a todos afecta. Já nenhuma geração se pode sentir a salvo desta cruzada neoliberal. Os únicos que escapam são os que coabitam a esfera dos interesses económicos instituídos ou algumas castas políticas, em conluio com os primeiros.
A independência financeira terá mesmo sido reconquistada? E o que é que nos trouxe? Um novo Orçamento com mais impostos para o povo (camuflados, transferidos, esverdeados ou adaptados), ao mesmo tempo que se reduz a colecta às grandes empresas. Isto não é acaso, nem forma de chegar às metas orçamentais. Este é o caminho que se pretende implantar no país. Um caminho em que a competitividade irá matar a economia nacional. Um caminho em que a pressão do mercado laboral faz com que os trabalhadores aceitem quaisquer condições e trabalhem por qualquer soldo. As pessoas são descartáveis e desnecessárias, porque há sempre mais no mercado prontas a entrar. Só os números são importantes. Sim, porque esses não mentem. E são maleáveis; dizem precisamente o que quisermos.
É urgente travar este pragmatismo primitivo, que sacrifica as nossas vidas a favor de credores sanguinários. Dos fundos que, por mais que acumulem nunca lhes parece suficiente. Isso é particularmente gravoso no seio da União Europeia, a tal construída para fortalecer a solidariedade entre os povos europeus.
Por tudo isto e muito mais é urgente intervir no rumo do país. Já não basta só pedir responsabilidades. É necessário agir e tomar a dianteira. A Comissão Instaladora do Núcleo Territorial do LIVRE em Setúbal sente que deve fazer a sua parte nesta empresa, dentro das suas possibilidades e tentando mesmo exceder-se. Pois entramos num ciclo que vai exigir o máximo possível de cada um de nós.
VIVA O NÚCLEO TERRORIAL DE SETÚBAL!
VIVA O LIVRE!!!